NOTÍCIAS

Do lixo ao Recursos Sólidos

Na medida que temos acesso amplo à informação, os problemas sociais e ambientais são apresentados frequentemente aos cidadãos. A questão dos resíduos é frequentemente divulgada: praias cheias de “lixo”, animais presos em “lixo”, oceanos cheio de “lixo”... Mas mesmo estando tão perto e uma questão para todos, porque ainda jogamos lixo no ambiente?

Mudança de percepção do resíduo para recurso é um caminho.  É uma tarefa de todos nós, afinal de contas, todos somos consumidores e, inevitavelmente, produtores de resíduos. Isso nos coloca em um papel central na transformação desses em recurso. A PNRS nos convoca a assumir nossa responsabilidade no ciclo produção-consumo-descarte, e nos tornarmos corresponsáveis pelo gerenciamento dos resíduos.

O conceito de recurso é amplo, que pode nos trazer grandes reflexões, pois extrapola a visão apenas econômica (dinheiro), adotando uma visão de recurso no sentido da transformação (que pode ser transformado em outra coisa).

Primeiro, todos os resíduos vem de um recurso natural, porém essa relação na  maior parte do tempo é ignorada pela sociedade, onde “lixo não é recurso, é apenas lixo”. Mudar essa relação é um grande desafio. Cada vez mais pessoas na base da pirâmide econômica querem ter o direito de consumir, acessa ao conforto, lazer, entretenimento etc. Como explicar para essas pessoas que elas precisam repensar seu padrão de consumo? Em contrapartida, temos o topo da pirâmide com padrão de consumo igual ou superior ao consumidor de alto padrão dos países desenvolvidos, que sequer considera repensar seus padrões de consumo.

Sair do olhar superficial da questão dos resíduos sólidos é essencial para qualificar o entendimento técnico dessa temática e implementar ações consistentes e efetivas. Um passo importante é desconstruir o conceito de lixo, que reúne e mistura materiais em estados distintos de valor e potencial de aproveitamento. Daí nasce à relevância de divulgar a diferença entre resíduo e rejeito.

Mas como mudar então o cenário de resíduos para recursos sólidos?

A PNRS traz diversas  inovações, uma delas, que ainda é considerada em segundo plano é a Educação Ambiental (EA). Considera as ações de educação ambiental – e comunicação social – como um dos quatro eixos transversais para a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Esta conquista gera uma oportunidade única: a de colocar a Educação Ambiental no lugar que ela deve ocupar, ou seja, no centro do planejamento das ações que vão tirar a Política do papel e trazê-la para a prática, algo que ainda não foi adotado amplamente.

Precisamos definitivamente adotar medidas mais eficazes de educação ambiental, trazer para o cotidiano do poder público, do setor privado e da sociedade em geral (consumidores passivos ou cidadãos engajados) não só a informação, mas  com o sentido de pertencimento e mobilização permanente. E o que aqui se apresenta precisa ser construído de forma contínua, não somente de ações pontuais que só colaboram para ampliar o universo já fragmentado que gerou a sociedade e modelo de consumo que se tem hoje.

Convidamos nossos parceiros, clientes e público em geral a adotar a Educação Ambiental em sua atividades de forma mais reflexiva e mais eficaz, assim já começaremos a resolver a grande questão dos resíduos sólidos, e  num futuro podermos realmente adotar o termo Recursos Sólidos.

Por Priscila Leal, gestora ambiental.

BIOTERA NA MÍDIA

Programa Gocil de Gestão de Resíduos.

Site Gocil Segurança e Serviços.

Novos negócios podem surgir para fomentar a cadeia de resíduos.

Mas não de forma paternalista como as cooperativas.

Uniforme reciclado vira peças que geram renda.

Diário Comércio Indústria & Serviços.

Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Santo André/SP.

ACIAM - Associação Comercial e Industrial de Mauá.