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Biomas Brasileiros: Pantanal, o reino das águas.

Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste). Em função de sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

Sendo a maior planície alagável do mundo, é o elo entre as duas maiores bacias da América do Sul: a do Prata e a Amazônica, o que lhe confere a função de corredor biogeográfico, ou seja, permite a dispersão e troca de espécies de fauna e flora entre essas bacias. Está situado na parte alta da Bacia do rio Paraguai a qual possui uma superfície de aproximadamente 500 mil quilômetros quadrados

A planície cobre uma área de quase 210 mil quilômetros quadrados, dos quais 70% estão no Brasil (nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), 20% na Bolívia e 10% no Paraguai. É uma região única na qual se encontram o Cerrado (Leste, Norte e Sul); o Chaco (Sudoeste); a Amazônia (Norte); a Mata Atlântica (Sul) e o Bosque Seco Chiquitano (Noroeste).

O clima do Pantanal é úmido (alto índice pluviométrico), quente no verão e seco e frio na época do inverno.

Os Solos são arenosos e rasos, favorecendo para o pulso de inundação, ou seja, quando a chuva cai instantaneamente começa o alagamento das planícies. A inundação é extremamente rápida, cerca de 10Km por dia.

Mesmo com essa característica de solo, a biodiversidade desta região se mantém de forma harmônica

Em épocas de chuva, que ocorrem de outubro até março, com a morte da vegetação superficial – algumas espécies possuem grandes raízes resistentes que sobrevivem à época de alagamento, e voltam a rebrotar quando em época de seca - aumenta a matéria orgânica no solo e aumenta a quantidade de plantas aquáticas que servirão de alimentos para os peixes que chegam devido à cheia.

Os animais terrestres também já são adaptados a essa região. Em épocas de cheias eles se refugiam nos planaltos, e retornam somente em época de seca.

Na seca, que ocorre de abril a setembro, o solo se mantém úmido e riquíssimo em matéria orgânica, que favorece ao rebrote quase instantâneo da vegetação.

Esta situação permite particular diversidade e variabilidade de espécies. A taxa de endemismo (não se encontrando em nenhum outro lado) é relativamente baixa, porém, conforme exposto, as características múltiplas da região possibilitam a interação entre material genético (animais e plantas) que em outras regiões, não estariam em contato.

Impactos sobre o ecossistema Pantanal:

  • Pecuária extensiva – Emulação com a fauna nativa.
  • Pesca predatória e caça ao jacaré – redução das reservas pesqueiras e possibilidade de extinção de algumas espécies de animais.
  • Garimpo de ouro e pedras preciosas – Processo de erosão, contaminação dos rios.
  • Turismo e migração desordenada e predatória – Fogos na região, causando a morte das aves.
  • Aproveitamento dos cerrados - A má administração das lavouras causa grandes erosões no solo e a utilização de biocidas e fertilizantes contamina os rios.
  • Plantio de cana-de-açúcar - Provoca dano à preservação ambiental, trazendo grandes perigos para a contaminação de rios.

O Pantanal foi reconhecido como Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e como Área Úmida de Importância Internacional pela Convenção Ramsar (convenção sobre as zonas úmidas de importância internacional). Em 2000, foi designado como Reserva da Biosfera, pela Unesco, como Patrimônio Natural da Humanidade, oferecendo uma oportunidade única para a conservação da biodiversidade em conjunção com o desenvolvimento sustentável. Mas apesar de todo esse reconhecimento apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por Unidades de Conservação (UC), dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no Pantanal, até o momento).

Alguns projetos realizados pelo setor público em parceria com o setor privado da região estão mostrando alguns resultados, mas as perspectivas estão longe de serem otimistas, entretanto, o contínuo engajamento destes setores aliado às ações governamentais mais efetivas e consistentes são medidas necessárias para assegurar a conservação e o uso econômico sustentável dos recursos no Pantanal. 

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